O tempo não perdoa ninguém. Isso é fato.
Mais um ano está no fim e, com um pesar na alma, é preciso reconhecer: estou envelhecendo.
Todos estamos envelhecendo, mas envelhecer não significa ficar mais experiente. Muitas vezes agimos com a inocência de uma criança impulsiva, repetimos os mesmos erros, nos lamentamos por passar mais um ano sem conseguir realizar feitos, objetivos antigos.
Olhar pra trás e reviver memórias é sempre uma experiência dolorida. Nos remoemos por termos tido momentos ruins e sentimos falta dos momentos bons. O tempo não perdoa, o vento leva tudo embora...
Quantos sorrisos passaram desapercebidos? Quantos momentos foram substituídos por outros mais marcantes e, de certa forma, apagados da memória, como se nunca tivessem acontecido? É, o tempo não perdoa, a memória que fica torna os anos com menos de 365 dias...
Enquanto um grão da ampulheta cai, um momento futuro se torna presente e então passado, num piscar de olhos. Há um motivo pra passagem estreita da ampulheta ser o presente enquanto as partes de cima e de baixo são mais amplas. Pensamos (e, conseqüentemente, vivemos) muito mais no passado e no futuro do que no presente. É um ato inconsciente e inconsequente. O tempo faz isso com a gente, como se nossa mente fosse um rato caindo na velha armadilha da ratoeira. O tempo não perdoa, nos prega peças que caímos o tempo todo. Caímos no buraco negro do tempo, todo o tempo.
Os relógios antigos incomodam com os tiques-taques barulhentos. Lembro de ter dificuldades para dormir com o som dos ponteiros, emitindo um som cada vez que perdemos um segundo de nossa preciosa e falsamente imaculada vida. Ah, quantas noites perdidas, como se fosse torturado com aquele som, parecia que uma torneira pingando dentro da minha cabeça, e o registro não poderia ser fechado, estava de mãos atadas. O tempo não perdoa ninguém, nem trabalhadores, nem vagabundos.
Mas a vida, ah... a vida. O tempo que faz com que ela surja é o mesmo que ceifa ela, impiedosamente. Quanto eu vivi e deixei de viver? Eu me perco com os pés na terra, mas minha mente no ar. Quantas vezes me flagrei olhando pela minha janela, madrugadas eram o cinema que a minha memória gostava de assistir, revendo os clássicos da minha vida, sempre rebobinando a fita para rever mais uma vez, para apontar os erros que cometi, como um crítico daqueles bem ferrenhos. E ainda existia a imaginação, vendo cenas que não existem no passado, talvez exista no futuro, mas não vivi e nem estou vivendo as cenas que minha imaginação me proporciona quando olho para o céu estrelado. O tempo passa enquanto vivo no mundo paralelo, do passado e do futuro. O tic-tac continua enquanto viajamos no tempo. O tempo não perdoa ninguém, nem sonhadores, nem realistas.
Cabe a nós decidirmos como devemos usufruir do tempo que nos resta. Isso o tempo não pode controlar. No mais, o tempo não perdoa...
As reticencias significam que algo mais vem aí, o tempo... O tempo não para.
Por fim, um clássico que reflete bem o tempo como tema central:
E que o tempo fique do nosso lado em 2011!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Needle in the hay
Ela carrega consigo um ar de mistério que qualquer detetive gostaria solucionar, mas nem Sherlock Holmes e seu fiel assistente Dr.Watson teriam a capacidade de realizar tal feito. Um ar tão intrigante que atinge proporções gigantescas, causando um alvoroço por todos quando ela passa, mas ninguém sequer consegue pronunciar uma sílaba sobre isso. Ah, como é raro existirem pessoas (ou divindades) que carreguem uma personalidade tão fenomenal. É como achar uma agulha no meio do palheiro.
A ponte está levantada e não existe a mínima possibilidade de chegar ao outro lado, para assim, quebrar o silêncio que rodeia ela. Dá até para comparar com a lenda o pote de ouro no final do arco-íris, ela é o pote de ouro, mas o arco-íris, por si só, já é inalcançável.
Gostaria que surgisse algum manual para quebrar o encanto dela e tornar o inalcançável, enfim, alcançável. Mas manuais que realmente ensinam alguma coisa não existem (pelo menos, nunca encontrei e não conheço quem tenha encontrado alguma vez), principalmente que ensinam a decifrar um enigma tão complexo. Ela é a esfinge que não diz "decifra-me ou te devoro", e sim, a que fica calada dando apenas a entender que serei devorado pela minha própria curiosidade.
O que fazer mediante uma situação dessas, solitário e perdido no meio do nada, sem um norte para a minha bússola apontar. A dor de querer algo que não se pode ter é como pingar limão na pele debaixo de um sol escaldante. A diferença é que a dor é de dentro para fora e não de fora para dentro.
Dor, dor, dor... Tá... E a esperança? A esperança está viva no meio dessa dor, aliás, muito bem viva e guardada, pois se não estivesse, jamais haveria a necessidade de passar pela dor. Se escolhi o caminho que mais machuca, quer dizer que há um pingo de esperança.
Ela e tudo isso podem fazer parte apenas de um sonho confuso e distante. Mas sonhos só são sonhos quando se existe um sonhador para acreditar neles...
A ponte está levantada e não existe a mínima possibilidade de chegar ao outro lado, para assim, quebrar o silêncio que rodeia ela. Dá até para comparar com a lenda o pote de ouro no final do arco-íris, ela é o pote de ouro, mas o arco-íris, por si só, já é inalcançável.
Gostaria que surgisse algum manual para quebrar o encanto dela e tornar o inalcançável, enfim, alcançável. Mas manuais que realmente ensinam alguma coisa não existem (pelo menos, nunca encontrei e não conheço quem tenha encontrado alguma vez), principalmente que ensinam a decifrar um enigma tão complexo. Ela é a esfinge que não diz "decifra-me ou te devoro", e sim, a que fica calada dando apenas a entender que serei devorado pela minha própria curiosidade.
O que fazer mediante uma situação dessas, solitário e perdido no meio do nada, sem um norte para a minha bússola apontar. A dor de querer algo que não se pode ter é como pingar limão na pele debaixo de um sol escaldante. A diferença é que a dor é de dentro para fora e não de fora para dentro.
Dor, dor, dor... Tá... E a esperança? A esperança está viva no meio dessa dor, aliás, muito bem viva e guardada, pois se não estivesse, jamais haveria a necessidade de passar pela dor. Se escolhi o caminho que mais machuca, quer dizer que há um pingo de esperança.
Ela e tudo isso podem fazer parte apenas de um sonho confuso e distante. Mas sonhos só são sonhos quando se existe um sonhador para acreditar neles...
domingo, 14 de novembro de 2010
Teias de aranha
Vejo sujeira por todos os lados em que olho. Não sei se há sujeira nos meus olhos escuros como a noite, ou se o mundo em si é um amontoado de lixo. Inclusive a minha casa (não no sentido literal, logicamente).
Em todo caso, uma coisa eu posso ter certeza, é preciso uma limpeza. Não uma limpeza qualquer, uma limpeza por completo... As teias de aranha se acumularam com o passar dos anos no fundo do armário, estão lá há muito tempo.
Às vezes sinto uma dó por tirar as teias, pois assim estaria destruindo as aranhas que lá habitam, estaria destruindo um lar feito tão arduamente para dar prioridade a outro: o meu. Me pergunto por horas a fio (com o perdão do trocadilho) se isso é justo...
Nos atingimos um limite, mudanças precisam ser feitas com urgência, senão, iremos esperar e esperar e esperar até que a teia cresce demais e você percebe que não fez nada a respeito. Isso se chama procrastinação.
Daí vem outro problema (é incrível como os problemas sempre surgem aos montes, de forma desenfreada): o medo. Medo de ser picado e envenenado por uma daquelas aranhas pequenas e perigosas. O medo paralisa, como que se eu estendesse a mão para começar a limpeza e ela não consegue mais ir para frente.
É preciso pensar nos benefícios futuros que esse trabalho fará e esquecer um pouco dos temores, afinal, se algo acontecer, aconteceu. Todos vamos morrer mesmo no final, então é mais digno morrer tentando fazer algo benéfico para sí (é importante salientar que demorei para concluir que dar valor a sí não quer dizer egoísmo).
Então, está decidido, vou destruir as belas, porém incômodas, teias de aranha acumuladas na minha vida. Pode parecer um pequeno progresso, pois não é visível para as outras pessoas (ah, elas que julgam tudo e todos, nunca está bom o suficiente para os eternos críticos chamados humanos), mas é um grande avanço, para atingir um objetivo final: a casa limpa, sem sujeira alguma para tirar o sossego. Pode parecer utópico, mas é necessário pensar assim para melhorar definitivamente.
Em todo caso, uma coisa eu posso ter certeza, é preciso uma limpeza. Não uma limpeza qualquer, uma limpeza por completo... As teias de aranha se acumularam com o passar dos anos no fundo do armário, estão lá há muito tempo.
Às vezes sinto uma dó por tirar as teias, pois assim estaria destruindo as aranhas que lá habitam, estaria destruindo um lar feito tão arduamente para dar prioridade a outro: o meu. Me pergunto por horas a fio (com o perdão do trocadilho) se isso é justo...
Nos atingimos um limite, mudanças precisam ser feitas com urgência, senão, iremos esperar e esperar e esperar até que a teia cresce demais e você percebe que não fez nada a respeito. Isso se chama procrastinação.
Daí vem outro problema (é incrível como os problemas sempre surgem aos montes, de forma desenfreada): o medo. Medo de ser picado e envenenado por uma daquelas aranhas pequenas e perigosas. O medo paralisa, como que se eu estendesse a mão para começar a limpeza e ela não consegue mais ir para frente.
É preciso pensar nos benefícios futuros que esse trabalho fará e esquecer um pouco dos temores, afinal, se algo acontecer, aconteceu. Todos vamos morrer mesmo no final, então é mais digno morrer tentando fazer algo benéfico para sí (é importante salientar que demorei para concluir que dar valor a sí não quer dizer egoísmo).
Então, está decidido, vou destruir as belas, porém incômodas, teias de aranha acumuladas na minha vida. Pode parecer um pequeno progresso, pois não é visível para as outras pessoas (ah, elas que julgam tudo e todos, nunca está bom o suficiente para os eternos críticos chamados humanos), mas é um grande avanço, para atingir um objetivo final: a casa limpa, sem sujeira alguma para tirar o sossego. Pode parecer utópico, mas é necessário pensar assim para melhorar definitivamente.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Os três estranhos no bar dos desconhecidos
Haviam três pessoas numa mesa de um velho bar com pouca clientela. O primeiro era um rapaz sério, inteligente, mas muito calado e ansioso. Ele fumava seus Marlboros vermelhos quase que instintivamente para tentar esconder, mesmo que sem eficácia, seu nervosismo. Aparentava ser uma pessoa desleixada por causa de sua barba por fazer e suas roupas velhas e desbotadas, mas era uma pessoa muito preocupada com sua aparência. Até pelo fato de não se sentir bem consigo mesmo, não gostaria de estar ali naquele momento. Tinha muitas cicatrizes no rosto, cada uma escondia uma história, mas ele tentava escondê-las à todo custo.
A segunda pessoa era uma jovem muito bonita, de rosto fino, pele clara (que acentuava suas bochechas rosadas), olhos negros e misteriosos. Ela era muito insegura e tímida, conversava de uma forma tão sucinta que aparentava ser uma pessoa áspera e fria, mas ela tinha um sorriso tão simpático que esse aspecto acabava sendo esquecido em questão de segundos. Usava um vestido preto e tinha uma tatuagem na nuca, um número "7", que ela nunca explicou o significado.
A terceira pessoa era um ex-universitário que teve problemas com drogas. Tem várias lembranças daquela época que ele gostaria de esquecer, por isso, dita o ritmo da conversa para não cair nesse assunto desagradável. Ele sempre faz piada de tudo, para esconder a depressão profunda que está passando, após ter sofrido um colapso nervoso. No momento toma Prozac em segredo. Tem cabelos longos, como um roqueiro dos anos 70. Está usando calças jeans rasgadas e uma jaqueta de couro, que escondia uma camiseta do Led Zeppelin, sua banda favorita. Havia parado de fumar recentemente, mas não aguentou e voltou pouco tempo depois, mas tenta moderar nesse aspecto.
Papo vai, papo vem. As três pessoas escondiam suas verdadeiras essências com risadas e descontração. Nenhuma delas está a vontade, mas todas tentam manter uma boa impressão e continuam interagindo entre si. A primeira pessoa tem interesse na segunda pessoa, mas ele se achava tão feio perto da terceira que se sentia embaraçado, não falava quase nada interessante. A segunda estava mais interessada no álcool do que na conversa, apenas acenava com a cabeça e fingia estar dando atenção aos dois rapazes. A terceira pessoa só queria se sentir melhor e esfriar um pouco a cabeça, por isso falava sem parar e fazia várias piadas, mas não estava adquirindo a satisfação que esperava.
A segunda pessoa começa a demonstrar interesse na terceira pessoa, devido ao papo descontraído, os efeitos do álcool, a carência. A terceira pessoa percebe isso e decide levar a segunda pessoa para sair. A primeira pessoa sai do bar decepcionada consigo mesmo por não ter auto-estima suficiente para uma investida. Após pouco tempo juntos, a terceira pessoa abandona a segunda e vai embora da cidade, sem nem se despedir. No fim das contas, a segunda pessoa poderia ter sido feliz com a primeira pessoa, se tivesse consciência dos seus sentimentos e consideração por eles, mas acabou infeliz e sozinha, como a primeira pessoa. Os três nunca mais se viram. Foi uma noite atípica.
A segunda pessoa era uma jovem muito bonita, de rosto fino, pele clara (que acentuava suas bochechas rosadas), olhos negros e misteriosos. Ela era muito insegura e tímida, conversava de uma forma tão sucinta que aparentava ser uma pessoa áspera e fria, mas ela tinha um sorriso tão simpático que esse aspecto acabava sendo esquecido em questão de segundos. Usava um vestido preto e tinha uma tatuagem na nuca, um número "7", que ela nunca explicou o significado.
A terceira pessoa era um ex-universitário que teve problemas com drogas. Tem várias lembranças daquela época que ele gostaria de esquecer, por isso, dita o ritmo da conversa para não cair nesse assunto desagradável. Ele sempre faz piada de tudo, para esconder a depressão profunda que está passando, após ter sofrido um colapso nervoso. No momento toma Prozac em segredo. Tem cabelos longos, como um roqueiro dos anos 70. Está usando calças jeans rasgadas e uma jaqueta de couro, que escondia uma camiseta do Led Zeppelin, sua banda favorita. Havia parado de fumar recentemente, mas não aguentou e voltou pouco tempo depois, mas tenta moderar nesse aspecto.
Papo vai, papo vem. As três pessoas escondiam suas verdadeiras essências com risadas e descontração. Nenhuma delas está a vontade, mas todas tentam manter uma boa impressão e continuam interagindo entre si. A primeira pessoa tem interesse na segunda pessoa, mas ele se achava tão feio perto da terceira que se sentia embaraçado, não falava quase nada interessante. A segunda estava mais interessada no álcool do que na conversa, apenas acenava com a cabeça e fingia estar dando atenção aos dois rapazes. A terceira pessoa só queria se sentir melhor e esfriar um pouco a cabeça, por isso falava sem parar e fazia várias piadas, mas não estava adquirindo a satisfação que esperava.
A segunda pessoa começa a demonstrar interesse na terceira pessoa, devido ao papo descontraído, os efeitos do álcool, a carência. A terceira pessoa percebe isso e decide levar a segunda pessoa para sair. A primeira pessoa sai do bar decepcionada consigo mesmo por não ter auto-estima suficiente para uma investida. Após pouco tempo juntos, a terceira pessoa abandona a segunda e vai embora da cidade, sem nem se despedir. No fim das contas, a segunda pessoa poderia ter sido feliz com a primeira pessoa, se tivesse consciência dos seus sentimentos e consideração por eles, mas acabou infeliz e sozinha, como a primeira pessoa. Os três nunca mais se viram. Foi uma noite atípica.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Caminhos
http://olhovirtual.wordpress.com/2010/06/10/caminhos/
Caminhos
Caminhos da fé
Caminhos modificados
Caminhos que nos dão tortura
Caminhos que observo
Caminhos arquitetados
Caminhos sublimes, mágicos
Caminhos que alertam
Caminhos que desafiam
Caminhos das águas
Caminhos necessários
Caminhos conquistados, cuidados, planejados, admirados
Caminhos coloridos
Caminhos para conhecer
Caminhadas ousadas
Caminhos incomuns
Caminhos com aplausos
Caminhos livres, leves e soltos
A felicidade ao encontrar seu caminho
Caminhadas alucinantes
Qual será o caminho?
Trabalho de Jornalismo em Web
Texto por Ana Luiza
Caminhos
Caminhos da fé
Caminhos modificados
Caminhos que nos dão tortura
Caminhos que observo
Caminhos arquitetados
Caminhos sublimes, mágicos
Caminhos que alertam
Caminhos que desafiam
Caminhos das águas
Caminhos necessários
Caminhos conquistados, cuidados, planejados, admirados
Caminhos coloridos
Caminhos para conhecer
Caminhadas ousadas
Caminhos incomuns
Caminhos com aplausos
Caminhos livres, leves e soltos
A felicidade ao encontrar seu caminho
Caminhadas alucinantes
Qual será o caminho?
Trabalho de Jornalismo em Web
Texto por Ana Luiza
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Poema sem fins lucrativos
Os ferimentos que marcam nossas vidas e não cicatrizam são os que mais doem
Mas se eles cicatrizassem eu me sentiria morto por dentro
O coração é despedaçado numa situação tão cotidiana que ninguém repara
E a verdade é que ninguém quer notar justamente por não querer se comprometer
O vento leva a dor pra longe, mas ela volta num instante, não foge
A chuva dá a impressão de que nosso medo é passageiro
Mas ele permanece intenso de tal forma que o coração gela e, mesmo assim, dispara
E como a felicidade estaria presente se eu pudesse deixar de perceber
Ela sai das sombras, nem dá pra sentir o calor pelo pouco tempo que ela esteve aqui
Sofro como alguém que tenta, isso me faz fraco e fere o meu ego
O mundo desaba quando ela vai embora, mas ele não me acolhe de qualquer jeito
Te dou um abraço curto, porém afável, mas você nem sequer sente nada
Algo inalcansável me tornou o que sou hoje, num túnel sem luz no fim
Pele branca como a neve e cabelos negros como a noite fria de inverno
Gostaria de descobrir como eu sinto falta de algo que não tenho
Continuo esperando por uma chance de demonstrar que não sou só uma sombra
A dor é constante e vicía como uma droga, não tem como desistir dela de repente
A vida não tem sentido, mas sinto que é pela sua presença que eu ainda vivo
Eu consigo ver que a única sensação real é a dor de não poder
Mesmo assim ainda respiro e sangro um triste suspiro
Ela tem uma beleza tão intensa que chega a ser quase perfeita, isso me prende
Tento descobrir o que me tornei, desesperadamente, sem sucesso
Como um sol ofuscante ela me intimida, me esfola vivo e me joga fora sem querer
Continuo me afundando na minha perda, sei que esse é o meu destino
Mas se eles cicatrizassem eu me sentiria morto por dentro
O coração é despedaçado numa situação tão cotidiana que ninguém repara
E a verdade é que ninguém quer notar justamente por não querer se comprometer
O vento leva a dor pra longe, mas ela volta num instante, não foge
A chuva dá a impressão de que nosso medo é passageiro
Mas ele permanece intenso de tal forma que o coração gela e, mesmo assim, dispara
E como a felicidade estaria presente se eu pudesse deixar de perceber
Ela sai das sombras, nem dá pra sentir o calor pelo pouco tempo que ela esteve aqui
Sofro como alguém que tenta, isso me faz fraco e fere o meu ego
O mundo desaba quando ela vai embora, mas ele não me acolhe de qualquer jeito
Te dou um abraço curto, porém afável, mas você nem sequer sente nada
Algo inalcansável me tornou o que sou hoje, num túnel sem luz no fim
Pele branca como a neve e cabelos negros como a noite fria de inverno
Gostaria de descobrir como eu sinto falta de algo que não tenho
Continuo esperando por uma chance de demonstrar que não sou só uma sombra
A dor é constante e vicía como uma droga, não tem como desistir dela de repente
A vida não tem sentido, mas sinto que é pela sua presença que eu ainda vivo
Eu consigo ver que a única sensação real é a dor de não poder
Mesmo assim ainda respiro e sangro um triste suspiro
Ela tem uma beleza tão intensa que chega a ser quase perfeita, isso me prende
Tento descobrir o que me tornei, desesperadamente, sem sucesso
Como um sol ofuscante ela me intimida, me esfola vivo e me joga fora sem querer
Continuo me afundando na minha perda, sei que esse é o meu destino
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