terça-feira, 10 de novembro de 2009

Jeff Buckley - a voz que se perdeu no fundo do rio


O artista Jeffrey Scott Buckley, faria 43 anos daqui a exatamente uma semana... Se ainda estivesse vivo. Jeff Buckley era uma das maiores promessas musicais dos anos 90, era filho do, já consagrado músico, Tim Buckley, conseguiu se promover com o sobrenome e a semelhança física e vocal do pai (mesmo tendo medo disso desde que decidiu ser musico), mas foi não foi só isso que fez com que o jovem Jeff aparecesse na mídia. Dono de uma voz fenomenal, um dom de criar músicas profundas, Jeff acabou fazendo com que as pessoas parecem de perceber que ele era somente “o filho de Tim Buckley”. Para comparar, uma apresentação de Tim Buckley:



Jeff Buckley era bastante incentivado pelo pai, desde cedo, a escutar blues, folk, jazz e outros estilos. Concluiu o colegial já sabendo que gostaria de ser musico. Jeff cantou em 1991 com seu pai num festival e atraiu a atenção do guitarrista Gary Lucas, que o chamou para compor a banda Gods and Monsters, após alguns shows e restes a assinar um contrato, Buckley resolveu abandonar a banda porque ele estava atrás de ambições musicais maiores.
Jeff Buckley começou a se apresentar solo num pequeno bar que ele gostava, chamado Sin-e, ele conquistou o fiel público de lá. Um dos empresários da gravadora Columbia Records viu sua apresentação e resolveu contratá-lo, em 92, para que ele gravasse seu primeiro álbum solo.
O álbum “Grace” foi lançado em 94 e foi muito bem visto pela crítica, artistas de nome, como Robert Plant (que Buckley era fã assumido), porém sua música era muito “suave” e pouco comercial, o que não resultou em boas vendas, mas quem teve a oportunidade de ouvir o álbum, teve a sorte de ouvir músicas como “Mojo Pin”, “Eternal Life” e “So Real”. O cover de “Hallelujah” de Leonard Cohen fez um relativo sucesso (até mesmo um sucesso posterior, a música foi utilizada inclusive na animação "Shrek").



Jeff também gravou alguns videoclipes desse álbum, como "Forget Her" e "So Real". Um dos mais conhecidos é "Grace", música homônima ao álbum. Abaixo um vídeo dele tocando essa música ao vivo.



Link para o clipe: http://www.youtube.com/watch?v=siNsgbIWhAQ&feature=channel

A gravadora pressionou Jeff a fazer um disco de estúdio mais comercial em 96, mas a teimosia prevaleceu e Jeff mudou de produtor. Após gravar algumas músicas, Jeff Buckley ficou insatisfeito com o resultado e continuou a gravar musicas para o disco que seria intitulado “My Sweetheart the Drunk”. Prestes a encerrar as gravações em maio de 97, Jeff Buckley decidiu nadar no rio Wolf, como fazia habitualmente, cantando Whole Lotta Love do Led Zeppelin. No dia 27, helicópteros sobrevoavam o rio em busca de um corpo desaparecido, que foi levado pelas correntezas. Acharam Jeff uma semana depois, perto do rio Mississipi. Ele tinha 3o anos de idade, e só teve três anos em atividade como músico aparecendo na mídia.
Para a decepção dos “jornalistas” sensacionalistas, não foi constatado o uso de drogas (ilícitas e lícitas) antes dele ir nadar, foi considerado uma morte por afogamento acidental. Um disco duplo póstumo foi lançado com as músicas que foram gravadas para o segundo cd de estúdio, apenas modificaram o nome para “Sketches for my Sweetheart the Drunk”. Curiosamente, o nome da primeira faixa do disco 2 é intitulada “Nightmares by the Sea” (pesadelos pelo mar) e termina com um cover da música folk “Satisfied Mind”, que dizia no refrão I'll leave this old world with a satisfied mind (deixarei este mundo com uma mente satisfeita).
A música de Jeff continua influenciando bandas e ganhando fãs após sua morte. Esse é apenas mais um dos grandes artistas que poderia ter feito muito mais se estivesse ainda entre nós. Para finalizar, nada melhor que uma apresentação ao vivo da música que fecha o álbum "Grace", intitulada "Dream Brother", para se ter uma noção de como sua presença de palco e sua voz eram intensas e marcantes.

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