sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O devaneio de uma noite de verão

Noite escura, melancólica e estrelada
Uma ida pro bar na companhia da solidão
Era quarta-feira, clima abafado
Noite perfeita para se perder na escuridão
Sempre os mesmos pecados pairam no ar
Sempre o mesmo veneno atinge o coração
Era quase fim de ano, porém nada mudou
Tudo era igual, as mesmas avenidas e a mesma direção
Tantas pessoas e tão poucas histórias conhecidas
Mas havia um rosto conhecido perdido no meio da multidão
Que trouxe a beleza no meio de tanta amargura
Mas trouxe a velha amiga, a preocupação
Não há de mais em ser visto por olhos castanhos
No meio de tanta gente, tanta badalação
Quando se está invisível por tanto tempo
Ser olhado causa arrepios e agitação
Ainda mais por aquele olhar distinto e reflexivo
No rosto mais bonito, causando a maior distração
Era questão de segundos até que ele desapareceu
E minha mente se programou para uma nova aparição
Porém, aquilo não era nada comparado com o que já existe
Era algo entre a realidade e a ficção
Era mais que um sonho, era uma verdade inventada
Por um velho soldado desarmado e cheio de imaginação

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