quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Needle in the hay

Ela carrega consigo um ar de mistério que qualquer detetive gostaria solucionar, mas nem Sherlock Holmes e seu fiel assistente Dr.Watson teriam a capacidade de realizar tal feito. Um ar tão intrigante que atinge proporções gigantescas, causando um alvoroço por todos quando ela passa, mas ninguém sequer consegue pronunciar uma sílaba sobre isso. Ah, como é raro existirem pessoas (ou divindades) que carreguem uma personalidade tão fenomenal. É como achar uma agulha no meio do palheiro.
A ponte está levantada e não existe a mínima possibilidade de chegar ao outro lado, para assim, quebrar o silêncio que rodeia ela. Dá até para comparar com a lenda o pote de ouro no final do arco-íris, ela é o pote de ouro, mas o arco-íris, por si só, já é inalcançável.
Gostaria que surgisse algum manual para quebrar o encanto dela e tornar o inalcançável, enfim, alcançável. Mas manuais que realmente ensinam alguma coisa não existem (pelo menos, nunca encontrei e não conheço quem tenha encontrado alguma vez), principalmente que ensinam a decifrar um enigma tão complexo. Ela é a esfinge que não diz "decifra-me ou te devoro", e sim, a que fica calada dando apenas a entender que serei devorado pela minha própria curiosidade.
O que fazer mediante uma situação dessas, solitário e perdido no meio do nada, sem um norte para a minha bússola apontar. A dor de querer algo que não se pode ter é como pingar limão na pele debaixo de um sol escaldante. A diferença é que a dor é de dentro para fora e não de fora para dentro.
Dor, dor, dor... Tá... E a esperança? A esperança está viva no meio dessa dor, aliás, muito bem viva e guardada, pois se não estivesse, jamais haveria a necessidade de passar pela dor. Se escolhi o caminho que mais machuca, quer dizer que há um pingo de esperança.
Ela e tudo isso podem fazer parte apenas de um sonho confuso e distante. Mas sonhos só são sonhos quando se existe um sonhador para acreditar neles...

Um comentário:

Fran, disse...

Se tem uma coisa que gosto dos seus textos, depois do jeito que eles são escritos, é a sua musa misteriosa.

Até eu já me apaixonei por ela, de tão bem que ela é falada... :)