Ah, a saudade... é um sentimento engraçado se não fosse trágico, pelo menos no contexto em que ela se encaixa.
Pessoas vem e vão, mas e se no caso for uma pessoa especial, que você não vê já à algumas semanas e sabe que em pouco tempo ela pode simplesmente ir embora... e pior, e se essa pessoa não sentir a falta de você com a mesma intensidade, ou sequer sentir sua falta. Sair assim sem ao menos se despedir, sem escutar o que eu tenho pra dizer ou dar um último abraço. Você sente como se não existisse, se tornando invisível, não mais um ser humano, mas algo que desapareceu e esqueceram de se dar conta, como um objeto sem relevância, mas pessoas não são como um doce que você já enjoou, empurra o prato e diz "não quero mais".
A invisibilidade no caso pode ser uma mera desculpa para a timidez, a insegurança e a fobia social, mas também pode ser uma vergonha que te impede de demonstrar claramente que você sente a falta de alguém. Aí aparece um certo platonismo que te impede por completo, como se surgisse uma muralha impenetrável de concreto bem na sua frente. Muitos diriam que nesse momento seu coração é destroçado por uma flecha certeira, eu discordo, o coração é um órgão vital, e desilusões não matam e sim, te fazem sofrer. O que se perde é algo quase tão irreparável quanto isso, parece que uma parte importante de você é tirada pra sempre. A mente não funciona mais como antes, a auto-estima cai e você se sente debilitado como um paciente terminal.
Eu me pergunto, o que fazer? Como marcar a vida de alguém sob esse pretexto e fazer ela sentir sua falta e te considerar alguém importante?
Enquanto essa pergunta não é devidamente respondida, a vida continua... não como antes, mas ela continua...
e só vai parar, aí sim, quando o coração deixar de bater.
sábado, 11 de julho de 2009
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