Nunca fui muito fã de Chico Buarque (podem me xingar...), mas ao ouvir sua música, percebo que ele tem toda a razão ao colocar suas palavras tão bem pensadas para passar uma verdade absoluta para mim.
Sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual. Ela é a tal.
Não existe outra possoa no mundo que passe uma sensação tão boa e, ao mesmo tempo, tão ruim. Um verdadeiro mistério que eu gostaria de descobrir.
Talvez nem me queira bem, porém faz um bem que ninguém me faz. Quando ela passa, toda de preto e dotada de uma elegância muto cativante. Ela nunca me deu respaldo. Eu amei, mas nunca disse "eu te amo". Não é apenas um amor platônico, um mistério. Ela passa um ar de "missão impossível", mesmo sem dizer uma palavra sequer.
Parece uma brincadeira de um Deus que não existe, para me ver desejar e sofrer por algo que eu nunca saberei se era pra ser.
Falar sobre Ingmar Bergman, Pedro Almodovar, Woody Allen... simplesmente magnifico. Tudo isso acompanhado de um olhar único, uma visão de mundo diferenciada e uma voz suave num vento de outono.
Eu sempre te vejo e não te conheço, agora eu vejo e não vejo. Vejo ela em todos os rostos quando ela não está por perto. Ela some e, quando reaparece, parece que meu coração acelera tanto que chega a parar de bater por alguns segundos, como se aplaudisse a presença tão adorável dela.
A solidão faz com que eu me sinta perdido, vendo sozinho um filme mudo preto-e-branco num cinema cheio de gente vazia. Queria que o tempo parasse só no instante que eu tive a oportunidade de falar com ela, mas o tempo é cruel. Eu nunca mais terei aquele tempo de volta pra mim. Mesmo assim, eu amei ela com todas as minhas forças (e fraquezas). Sempre amei demais. Amo até a silhueta dela, que se apaga com o apagar das luzes num palco de madeira, o teatro da vida numa tela de cinema.
É preciso reconhecer, foi tudo errado. Não era minha e não era pra ser, mesmo cultivando uma esperança morimbunda, eu sei que ela nunca será minha. Ela é do cinema. Ela faz o cinema acontecer.
Ela é assim, nunca será de ninguém, porém eu não sei viver sem. C'est la vie.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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