Ela carrega consigo um ar de mistério que qualquer detetive gostaria solucionar, mas nem Sherlock Holmes e seu fiel assistente Dr.Watson teriam a capacidade de realizar tal feito. Um ar tão intrigante que atinge proporções gigantescas, causando um alvoroço por todos quando ela passa, mas ninguém sequer consegue pronunciar uma sílaba sobre isso. Ah, como é raro existirem pessoas (ou divindades) que carreguem uma personalidade tão fenomenal. É como achar uma agulha no meio do palheiro.
A ponte está levantada e não existe a mínima possibilidade de chegar ao outro lado, para assim, quebrar o silêncio que rodeia ela. Dá até para comparar com a lenda o pote de ouro no final do arco-íris, ela é o pote de ouro, mas o arco-íris, por si só, já é inalcançável.
Gostaria que surgisse algum manual para quebrar o encanto dela e tornar o inalcançável, enfim, alcançável. Mas manuais que realmente ensinam alguma coisa não existem (pelo menos, nunca encontrei e não conheço quem tenha encontrado alguma vez), principalmente que ensinam a decifrar um enigma tão complexo. Ela é a esfinge que não diz "decifra-me ou te devoro", e sim, a que fica calada dando apenas a entender que serei devorado pela minha própria curiosidade.
O que fazer mediante uma situação dessas, solitário e perdido no meio do nada, sem um norte para a minha bússola apontar. A dor de querer algo que não se pode ter é como pingar limão na pele debaixo de um sol escaldante. A diferença é que a dor é de dentro para fora e não de fora para dentro.
Dor, dor, dor... Tá... E a esperança? A esperança está viva no meio dessa dor, aliás, muito bem viva e guardada, pois se não estivesse, jamais haveria a necessidade de passar pela dor. Se escolhi o caminho que mais machuca, quer dizer que há um pingo de esperança.
Ela e tudo isso podem fazer parte apenas de um sonho confuso e distante. Mas sonhos só são sonhos quando se existe um sonhador para acreditar neles...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Teias de aranha
Vejo sujeira por todos os lados em que olho. Não sei se há sujeira nos meus olhos escuros como a noite, ou se o mundo em si é um amontoado de lixo. Inclusive a minha casa (não no sentido literal, logicamente).
Em todo caso, uma coisa eu posso ter certeza, é preciso uma limpeza. Não uma limpeza qualquer, uma limpeza por completo... As teias de aranha se acumularam com o passar dos anos no fundo do armário, estão lá há muito tempo.
Às vezes sinto uma dó por tirar as teias, pois assim estaria destruindo as aranhas que lá habitam, estaria destruindo um lar feito tão arduamente para dar prioridade a outro: o meu. Me pergunto por horas a fio (com o perdão do trocadilho) se isso é justo...
Nos atingimos um limite, mudanças precisam ser feitas com urgência, senão, iremos esperar e esperar e esperar até que a teia cresce demais e você percebe que não fez nada a respeito. Isso se chama procrastinação.
Daí vem outro problema (é incrível como os problemas sempre surgem aos montes, de forma desenfreada): o medo. Medo de ser picado e envenenado por uma daquelas aranhas pequenas e perigosas. O medo paralisa, como que se eu estendesse a mão para começar a limpeza e ela não consegue mais ir para frente.
É preciso pensar nos benefícios futuros que esse trabalho fará e esquecer um pouco dos temores, afinal, se algo acontecer, aconteceu. Todos vamos morrer mesmo no final, então é mais digno morrer tentando fazer algo benéfico para sí (é importante salientar que demorei para concluir que dar valor a sí não quer dizer egoísmo).
Então, está decidido, vou destruir as belas, porém incômodas, teias de aranha acumuladas na minha vida. Pode parecer um pequeno progresso, pois não é visível para as outras pessoas (ah, elas que julgam tudo e todos, nunca está bom o suficiente para os eternos críticos chamados humanos), mas é um grande avanço, para atingir um objetivo final: a casa limpa, sem sujeira alguma para tirar o sossego. Pode parecer utópico, mas é necessário pensar assim para melhorar definitivamente.
Em todo caso, uma coisa eu posso ter certeza, é preciso uma limpeza. Não uma limpeza qualquer, uma limpeza por completo... As teias de aranha se acumularam com o passar dos anos no fundo do armário, estão lá há muito tempo.
Às vezes sinto uma dó por tirar as teias, pois assim estaria destruindo as aranhas que lá habitam, estaria destruindo um lar feito tão arduamente para dar prioridade a outro: o meu. Me pergunto por horas a fio (com o perdão do trocadilho) se isso é justo...
Nos atingimos um limite, mudanças precisam ser feitas com urgência, senão, iremos esperar e esperar e esperar até que a teia cresce demais e você percebe que não fez nada a respeito. Isso se chama procrastinação.
Daí vem outro problema (é incrível como os problemas sempre surgem aos montes, de forma desenfreada): o medo. Medo de ser picado e envenenado por uma daquelas aranhas pequenas e perigosas. O medo paralisa, como que se eu estendesse a mão para começar a limpeza e ela não consegue mais ir para frente.
É preciso pensar nos benefícios futuros que esse trabalho fará e esquecer um pouco dos temores, afinal, se algo acontecer, aconteceu. Todos vamos morrer mesmo no final, então é mais digno morrer tentando fazer algo benéfico para sí (é importante salientar que demorei para concluir que dar valor a sí não quer dizer egoísmo).
Então, está decidido, vou destruir as belas, porém incômodas, teias de aranha acumuladas na minha vida. Pode parecer um pequeno progresso, pois não é visível para as outras pessoas (ah, elas que julgam tudo e todos, nunca está bom o suficiente para os eternos críticos chamados humanos), mas é um grande avanço, para atingir um objetivo final: a casa limpa, sem sujeira alguma para tirar o sossego. Pode parecer utópico, mas é necessário pensar assim para melhorar definitivamente.
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